A delegação composta pela Unidade de Implementação do Projecto, a DNPPP e a ARCCLA, que está a proceder ao levantamento das necessidades estruturantes de última milha visadas pelo projecto, constatou nesta quarta-feira, 28, avanços no processo de implementação do Pólo Industrial da Caála na província do Huambo. Esta visita, que inicialmente não estava programada, foi sugerida pelo Vice-Governador da Província, Angelino Elavoco que deu as boas-vindas à delegação.
O Pólo foi concebido para ser implementado em duas fases. Contudo, é na primeira fase onde estão previstos a construção de um porto seco e a instalação de indústrias no ramo alimentar, químico, ligeiro e a pesado. Está igualmente prevista a implementação de 3 sub-estações eléctricas, sendo que uma já está instalada. O projecto prevê ainda duas sub-estações para fornecimento de água.
O pólo tem uma dimensão de Mil e 87 hectares, com 14% desta área já ocupada onde estão instaladas 9 unidades industriais de médio e grande porte.
Contudo, em termos de infraestruturas necessárias, a delegação apurou que há necessidade de se proceder à demarcação do terreno e acelerar a instalação das subestações de distribuição de energia eléctrica e água.
Terras raras do Longonjo
Nas terras Raras de Longonjo, igualmente um dos potenciais clientes da Plataforma Logística da Caála, a delegação recebeu esclarecimentos por parte da equipa de gestão sobre o processo de implementação do projecto.
As questões da viabilidade socioambiental foram algumas das preocupações da parte da UIP, visto ser um dos requisitos incontornáveis exigíveis para a construção de infraestruturas de última milha para os potenciais clientes da em sede da Componente 2 do Diversifica Mais.
Segundo o Eng.º Benedito Dembu, gestor do estaleiro da empresa consignada, a mina vai explorar de neodímio e praseodímio, minerais fundamentais em certos sectores da industrial mundial das tecnologias de conversão energética. O engenheiro explicou que apesar de que, no acto do processo de exploração destes minerais poderem ser encontrados alguns minérios com alguma radiação, não existe qualquer que possa ser nocivo à envolvente socioambiental. Em 2022, o projecto, segundo o engenheiro, procedeu a um estudo ambiental exaustivo onde conclui-se que do ponto de vista socioambiental o projecto é viável.
Como estratégia de mitigação de possíveis riscos inerentes à exploração, têm sido feitas análises das águas dos aquíferos a volta projecto no sentido de comparar os dados do passado e do presente.
O projecto das Terras Raras do Huambo é uma reserva mineral, situada na cadeia montanhosa de Tchimbilundo, em Longonjo, com 30 quilómetros quadrados.
Os minérios a serem extraídos ali serão utilizados no fabrico de ímanes permanentes ultra-fortes e leves para veículos eléctricos, motores de turbinas eólicas, electrónicos, telemóveis e outros aparelhos electrónicos.
O projecto de exploração das terras raras, também conhecidas como ouro do Século XXI, no município do Longonjo é um empreendimento conjunto entre as empresas Ferrangol de esfera pública angolana e Pensana Metals Ltd australiana, através da sociedade de parceria Ozango Minerais.