Comunidade do Cassuculo transformada num centro de produção do abacate

No interesse de perceber melhor os desafios dos pequenos produtores e das comunidades que cultivam o abacate no município do Huambo, a delegação visitou o bairro do Cassuculo, no dia 28 do corrente, por indicação da gestora da Fazenda MMM.

O bairro do Cassuculo está junto ao Instituto de Investigação Agronómica e esta é a razão pela qual há um grande conhecimento sobre a cultura do abacate que tem sido transmitido de geração para geração. É assim que, no Cassuculo, localizado na zona periférica da cidade do Huambo, com uma população notavelmente jovem, produzem-se um total de 48 variedades de frutas incluindo muitas variedades de abacate.

De facto, o Cassuculo é um centro comunitário de produção agrícola, onde os jovens naquela comunidade representam de forma notável a força motriz na produção de frutas onde se destaca o abacate. Produzem e fazem cruzamento de diferentes espécies do abacate. Grande parte da safra é comercializada nos mercados informais. Contudo, é-lhes difícil calcular as quantidades precisas. Não têm meios.

Durante a conversa, disseram que a distância e localização geográfica não é problema para a comercialização das centenas de mudas de abacateiros e outras frutas. Eles enviam mesmo que o interessado em cultivar a fruta esteja em Luanda. Ou seja, enviam para todo o país.

Soba de Cassuculo, Carlos Norberto

Os pequenos agricultores consideram-se agrónomos tal como disse o jovem Augusto tomado por algum entusiasmo pela presença da delegação. “Eu sou um agrónomo!”, disse o pequeno agricultor. Portanto, todo o conhecimento adquirido deveu-se ao seu avô, Carlos Norberto, o Soba de Cassuculo.

Carlos Norberto tem actualmente 72 anos de idade, 50 dos quais dedicados à fruticultura o que faz do ancião um verdadeiro especialista tal como disse Francisco Caley, senhor que também bebeu da fonte de Carlos Norberto.

O Soba é um antigo funcionário do Instituto de Investigação Agronómica.  Exalando muita simpatia fez-se de guia e levou a delegação a visitar a riqueza daquela comunidade: estufas e canteiros estabelecidos nos quintais das suas residências com uma variedade de mudas de frutas, às centenas prontas para serem comercializadas.

Um desvio de uma longínqua lagoa não só torna possível a irrigação das mudas de diferentes frutas como também a subsistência daquela comunidade onde a luz eléctrica ainda é um desejo. Um constrangimento para os pequenos agricultores do bairro do Cassuculo.

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